Meus.

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domingo, 16 de maio de 2010

No Rondon eu sofri.

Pelo calor excessivo, pelos mosquitos que fizeram a festa em minhas pernas, pela falta de sono, por ter que andar a pé e pelos horários de comer, que geralmente eram quando eu não tinha fome. Sofri também por ter tido que ouvir sertanejo e Djavu todos os dias e em todos os lugares, pela distância dos meu gatos e por não ter podido assistir meus programas de tv, porém todos esses sofrimentos juntos nem se comparam à tristeza de deixar tudo isso pra trás.
Fiz uma nova família, inseri-me em uma nova comunidade, participei de algo muito maior do que imaginei que seria. Fui para lá com a idéia de que o trabalho, as pessoas que eu iria conhecer e a diversão que teria seriam, de certa forma, superficiais já que passaríamos somente dezessete dias inseridos no projeto, porém não tinha noção de que tudo aconteceria com tamanha intensidade que marcaria minha vida para sempre. Nunca tive aulas de civilidade, nem venho de uma linhagem políticamente ativa, por isso acho que valorizo tanto essa experiência e, lógico, acredito piamente que aqueles que não desejam loucamente participar dela é louco de pedra.
Alguns chamam o Rondon de "curso intensivo de Brasil". Eu não concordo, acho essa afirmação um tanto quanto exagerada. Considero o Rondon uma "lição de vida e cidadania", assim como se propõe a ser.

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