Meus.

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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Copacabana mágica - I

Nos informamos na noite anterior como melhor seria para chegar a Copacabana e a melhor resposta foi: pegar um onibus que sai de hora em hora em frente ao cemitério geral de La Paz. Fomos nove horas e facilmente encontramos o lugar, compramos a passagem por 30 bolivianos e, dez e quinze, partimos. Viagem tranquila pela primeira vez, curtinha também, só duas horas e meia incluindo uma travessia de barco pelo Titicaca.

Ah, o Titicaca!!!!

Desembarcamos em Copacabana em meio a um desfile - era o dia do estudante, alunos de todas as idades estavam em passeata pelas ruas vestidos com roupas recicladas e fazendo uma tremenda sujeira. Alguns minutinhos observando para depois sair a busca de hotel, hostel, hospedagem, qualquer coisa pra largar a mochila que, naquela altitude, parecia mais pesada que eu... Encontramos uma, carinha meio suspeita, bizarramente vazia em uma cidade tradicionalmente 'ponto de turista', mas entramos e perguntamos o preço mesmo assim: ''dez bolivianos''. Preço perfeito, acomodações horríveis!!!! Porém, por acreditar que nao acharíamos nada melhor por valor semelhante largamos ali nossas coisas e fomos caminhar. Estávamos na rua principal, descemos até a prainha as beiras do Titicaca.

Ah, o Titicaca!!!!

Lembro das aulas de geografia, o professor Pedro do cursinho falando sobre ele. Que é o lago mais alto do mundo, que Titicaca significa tigre e que realmente ele tem o formato de um tigre, mantendo-se o mistério de como os incas souberam disso e assim o nominaram - em seu idioma. Sempre tive uma certa curiosidade, mas nada que me fizesse parar por muito tempo para pensar na magnitude e beleza desse lago...
Mas ao chegar lá, ao descer a prainha, ficar parada em sua beira, até olhar aquela imensidão de água doce que balança como água salgada e que se perde no horizonte como o mar, e que é frutífero e misterioso como qualquer oceano, mas ainda assim está localizado muito acima de qualquer um deles, percebi que havia reconhecido um novo tipo de beleza: aquela indescritível.


Pescador


Depois de quarenta minutos de puro deslumbramento voltamos a subir a rua principal em busca de lugar para comer. Papo vai, papo vem, comentei:

''Eu estava pensando na sorte que tivemos até agora. Sou nova nessa coisa de mochileira então não sei muito bem o que esperar, mas o que estou me perguntando é: será que vamos conhecer gente legal como conhecemos em Rurrenabaque?''
''Ah, Math, isso não posso te dizer, mesmo sendo 'mais experiente' em viagens do que você. Essas coisas acontecem quando menos esperamos, é pura sorte...''
* Silêncio, continuamos por dois passos quando... *
''Não! Não acredito!!! Adam, olha quem está vindo ali!!!!!''

E era Diego! E logo atrás Dário!
Saindo de um café, recém-hospedados em um hotel na praça, contrariando o itinerário que haviam programado e que tornaria impossível um futuro 'reencontro', ali estavam eles! De repente estávamos ali juntos outra vez, com o mesmo papo fácil e gostoso como o de cinco dias atrás! O que aconteceu foi que eles resolveram ficar apenas dois dias em Tiahuanaco ao invés dos sete planejados e foram antes para Copacabana, a Copacabana - agora para mim - mágica!!!!

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